terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sid Vicious, cuequinhas e afins:

Apesar de perturbado, meio viado, péssimo baixista, Sid Vicious foi uma lenda. Há garotas que ainda hoje babam pelo junkie e muitos que admitem o sucesso do Sex Pistols por causa dele. Corpo magrelo e cheio de cortes, cabelo espetado e cara de drogado, Sid foi um verdadeiro marco para o punk dos anos '70. Sua fama vem de seu comportamento, o que Rotten admitiu depois, ser o "ideal punk". Vicious se cortou em shows e jogou sangue na platéia, ganhou socos no nariz, cuspiu nos outros, mandou dedo em público e distribuiu "fuck you" a milhares. Ninguém gostava de Sid, e Sid não sabia tocar. Por que o seu sucesso? Sua imagem. Suas roupas. Para quem não sabe, antes dos Pistols, Sid era baterista do Siouxsie and the banshees. Há quem diga que Sid era um ótimo músico, que era um santo. Mas há também aquela teoria conspiratória de que ele matou Nancy. Vai saber. Quando se tem heroína, se tem tudo, menos amor a alguém.

Agora me perguntem porque fiz essa minibiografia. Bem, não faço ideia. Talvez para despejar os vídeos em paz:

http://www.youtube.com/watch?v=nc4HWiH_pzw
(O vídeo não incorpora, um abraço!).

Reparem na pegada no instrumento do rapaz, na balançadinha sensual que ele dá. Depois, quando o sujeito virar de costas, reparem no fio dental. Aí vocês me dizem: bem hetero, né? Agora vocês podem dar uma olhada no narcisismo do clipe. Expliquem-me aí essa viadagem de ficar se olhando no espelho, de colocar a garrafa de cerva do dito cujo, de quebrar a garrafa e fingir se cortar... Pois é, e a música nem é dele...



Qual é a da compulsão dele com motos? Não deixem de reparar na "batidinha" sexual dele com a moto. Sid, meu filho, isso é um veículo e não a Nancy. Esse cara tinha um sexo compulsivo e adorava chamar a atenção, não? Nem vou dizer da qualidade do clipe, porque anos '70 né... Seria muito mais legal se ele caísse da moto no fim e quebrasse a cabeça, ou se uma chuva de heroína saísse do braço dele, enfim...

E outra, prefiro o Elvis cantando, tá? A música é bem melhor com o Rei, mas... Eu gosto do Sidão, fazer o quê?

Luidgi.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mando Diao

O que esperar de uma banda que surgiu quando dois caras resolveram se trancafiar numa casa de verão para passar catorze meses só escrevendo canções? Desse empenho absurdo surge Mando Diao, uma banda sueca influenciada essencialmente por Beatles que traz uma leve semelhança com The Strokes e The Hives, cujo som refinado funde harmonicamente pop, mod, soul, R & B, e alguns elementos do Britpop - uma bem-sucedida experiência de porão.

Mando Diao não traz irreverência - um rock "limpinho" com batidinhas dançantes, nada que ninguém nunca tenha ouvido falar. As músicas são previsíveis; a melodia sequencial não gera expectativas. No entanto, é impossível ouvir Long Live Rock'n'Roll apenas uma vez. Essa certamente é a música mais conhecida do conjunto, e as pessoas costumam avaliar as outras canções tendo a mais famosa como parâmetro, o que é um erro. Dance with Somebody, por exemplo, difere totalmente de Long Live Rock'n'Roll, mas garanto que é igualmente boa, assim como Gloria e God Knows, que seguem o padrão dançante das demais músicas.

You Can't Steal My Love foi a música que mais me chamou a atenção. Tanto pelo clipe, de uma simplicidade elegante - um cenário laranja com os integrantes dispostos na clássica configuração de banda indie - quanto pelo som. Agora a banda parece se distanciar - ainda que gradualmente - do modelo de roquezinho-balada, e nessa música o instrumental está mais vivo, os vocais mais afetados, as guitarras mais nervosas, os demais integrantes se sobressaindo.

Outra canção que me calou a boca, foi Sheepdog. Apesar de se assemelhar bastante à música que mencionei anteriormente, essa parece ainda mais enérgica, mesmo permanecendo no padrão das demais canções da banda. O clipe também me surpreendeu - o grupo gravou nas ruas - assim como a própria música, com uma melodia muito semelhante à Franz Ferdinand, que trouxe vocais nervosos e mais afetados, com um instrumental firme e riffs estimulantes.

Não vou convencê-los a escutar. Tirem suas próprias conclusões.



- Valentina.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Billy Boy On Poison!

Já escutaram Billy Boy On Poison? Não?! É uma dessas bandas novas que a gente não espera nada, a não ser alguns clipes. Certa vez estava naquele "MTV Hits", zapeando a procura de alguma música inútil e me deparei com Billy Boy. Era a droga de uma música chamada "On my Way" com um vocalista afetado cantando qualquer besteira. Os trejeitos dele me lembrou vagamente os de Gerard Way ao cantar, mas como achei a banda pouco promissora, nem quis me meter a procurar mais sobre. Cá estou eu postando no blog novo - bem, dessa vez não estou sozinho, estou com minha querida amiga - sobre a banda que outrora julguei como pouco promissora.

Acordei com um fogo no rabo por bandas novas hoje, e depois de ouvir umas dez, só duas me sobraram (deixarei a outra para amanhã). Os clipes que vi da Billy Boy não tem nada de excepcional (nada muito novo, ou seja, tudo muito novo) mas dá para divertir um pouco. Os integrantes são bem vestidos, para meu padrão, e o vocalista tem uma voz singular. O mais engraçado é que a voz acaba sendo muito boa, por ser diferente das outras. Lembra um pouco a voz fina dessas bandinhas ruins que estão na moda, mas o vocal afetado consegue dar um jeito à lá Jonas Brothers (aquelas puxadinhas de voz). Porém, não fica aquela afetação toda dos irmãos Jonas, ao contrário, vemos um vocal muito, mas muito bom mesmo. O instrumental da banda se difere das bandas da cena atual, pois ela mistura um pouco do punk com pop e não fica naquela viadagem eletrônica que todo mundo passou a aderir.

A guitarra de vez em quando lembra "The Kills", aquela batida que acaba te lembrando algo industrializado. Outra "novidade" na banda, é que a baterista é a única mulher. Claro que depois de White Stripes isso não virou uma novidade, mas acaba sendo engraçado para aqueles que ainda são machistas. E ah, claro, a bateria não decepciona nem um pouco, e é um dos pontos mais fortes da banda.

Deparei-me hoje, como ia dizendo, com o clipe da música "Standing Still", e foi meio que uma paixão a "primeira ouvida", pois é realmente muito diferente de tudo que tem nessa cena atual de merda. O clipe é bem legal, até, e o figurino lembra bem pouco laranja mecânica. O vocal está de cabelo novo (mais afetado) e com um piercing Madona para completar o figurino efeminado. Além das roupas serem brancas, o fundo também é branco junto com todos os instrumentos. Achei surreal já que a cor que sobressai é a do cabelo laranja do vocal. Bem, parando com essa análise geral do clipe, a voz arranhada, com os gritos "roucos" acaba transformando a música em algo muito agradável de se ouvir.

Desde já conto a vocês que sou muito chato para música, e que estou sempre a procura de sons novos e diferentes.


Confiram: http://www.youtube.com/watch?v=ZCori4_eENk


Sejam bem vindos ao nosso mundo.

Luidgi.